Se eu não estivesse me apaixonado...

Escrito por: Rafael Vianna

Hoje, assim que acordei, coloquei uma música no fone de ouvido, como de costume, para dá uma relaxada a mais antes de ir pro colégio. Só que quando escuto músicas eu fico pensando em vários momentos que tive ou que eu poderia ter. E hoje não foi diferente. A música tem uma melodia boa e me fez pensar em vários temas, como por exemplo: E se eu não estivesse me apaixonado?

Passei o dia inteiro com esse tema na cabeça e sua imagem nos meus olhos. Quando me referir na paixão, meu coração se dirigiu logo pra você. Eu juro que tentei pensar em algumas outras pessoas que tivesse ficado dias atrás, mas acontece que não conseguir. Sempre que me dava conta já estava pensando no seu jeito, no seu sorriso e também nessa maldita distância que insiste em nos perseguir como se estivesse feito algo de errado para merecermos isso, quando na realidade nunca fizemos nada demais, ou simultaneamente nada.

Talvez se eu não tivesse me apaixonado eu não estaria com o nariz vermelhos e os olhos pequenos por causa dos choros frequentes que venho tendo toda vez que te vejo passar na rua do outro lado da calçada só para evitar que os nossos olhares de aprofunde ainda mais e o nosso cheiro bater uns aos outros e fixar na nossa mente como uma música chiclete que custa a sair da cabeça pelo menos por alguns instantes.

Talvez se você não estivesse entrado na minha vida dessa forma, eu nem teria me apaixonado  – ou teria? – e se tivesse me apaixonado seria por uma pessoa que me quisesse e que me amasse da mesma forma como eu á amaria. Talvez se você não me fisese apaixonar por você eu teria uma vida muito mais solta, mais feliz, mais livre de tudo isso. Não que você tenha culpa de estragar meu coração por inteiro, mais porque as vezes a gente sempre acaba fazendo algo pela pessoa e no final sempre acaba não levando nada em troca disso.

Talvez se eu não estivesse me apaixonado eu não teria descobrido a pessoa que sou hoje, e se você não conhece a minha maturidade hoje, aconselho-lhe a se apaixonar por alguém - quem sabe por mim? -, e deixar que a vida lhe ensine o que realmente é viver por uma pessoa e ela acabar lhe ignorando como se o seu amor fosse um nada.