2011 foi o ano que descobrir – ou afirmei – que eu estava
apaixonado por você. Descobrir porque nos aproximamos mais, rimos mais e
juntos, participamos de festinhas realizadas no colégio mesmo e todos os meus
trabalhos você sempre faria questão de está no meu grupo, só porque eu era um
dos melhores á produzir o cartaz e separar adequadamente as falas de cada um.
Inclusive a sua, lembra?
Foram momentos tão gostosos de viver. Você sempre levava meu
caderno para sua casa e nos dias que não podia, eu levava o seu pra minha. A gente
não parava de se olhar. Você sorria e acabava arrancando um sorriso meu
também, mesmo eu não estando nos melhores dias para isso. Aliás, você sempre
conseguiu algo de mim. Fácil, fácil.
Você lembra no dia em que você embebedou pela primeira vez? Isso
foi muito antes de 2011 – muito antes mesmo – e eu lembro como se fosse hoje,
aqui. Como se estivesse acontecendo tudo agora. Só que agora não está sendo
como antes, porque naquele dia, antes do acontecido, nós rimos muitos,
brincamos bastantes e depois eu cuidei de você. Claro que eu não pude fazer
muita coisa, mais eu lembro que fiquei te olhando, deitada, preocupado em que
você vomitasse, o que veio acontecer.
2012 foi o ano em que nós nos separamos. Tanto pela série,
como pela escola, quanto pela vida. A gente nem perdeu esse contato todo, mais
depois de umas burrices minhas isso veio á acontecer. No mesmo instante ( depois das mensagens )
você passou por mim e fingiu que não me viu. Como se eu fosse um desconhecido. Como
se nós não havíamos vivido nada juntos. Meu
coração se despedaçou. E ai? E ai que isso foi o fracasso.
Você ficou meses sem nem olhar na minha cara direito. E quando
olhava imediatamente disfarçava com medo de que eu poderia lhe cumprimentar,
pegar na sua mão, lhe dá um beijinho no rosto e perguntar como foi o seu dia, e
se estava bem. E cá pra nós, eu bem que faria isso mesmo.
2013 foi um dos meus piores anos. Foi o ano que eu fui
péssimo no colégio, na família, na vida. Fiz coisa com coisa. Aprendi poucas
coisas. Deixei de lado oportunidades e pessoas que viriam a me deixar mais
alegre. Não segurei nas mãos de pessoas que queriam me ajudar porque eu já estava
direto no fundo do poço. E já que lá era escuro, decidir me acomodar por ali
mesmo e chorar sozinho, meio em silêncio... Como se eu estivesse em depressão...
Será que eu estava?
E doeu. Áhhhh como doeu. Você nem se importava. Nem queria
saber se estava tudo bem comigo, ou se eu sentia falta de algo, ou de você. E eu estava sentindo realmente a sua falta.
2014 foi o ano que aos poucos fui me recuperando. Chegou um
certo momento em que eu te olhei e não senti nada. Talvez isso aconteceu porque
nem eu estava sentindo nada por mim. Mais que meu coração fez festa e faz até
hoje por causa disso. Foi o ano também de muitas despedidas. Foi o ano em
que iria acontecer a minha formatura, que eu acabei, no final, nem
participando. Foi o ano que me desapeguei de muita coisa. Inclusive das cartas
que escrevi para você, na esperança de algum dia lhe entregar. E se eu
estivesse esperando estaria até hoje.
2015 mal começou e eu já estou prevendo que não vai ser tão
diferente como eu imaginei no último dia do ano. Apesar de algumas pequenas
mudanças já deu as caras por aqui, em relação á nós dois tudo continua como
antes. A gente se olha e nada passa além disso. Vem-me a vontade de te chamar
pra conversar. Mais sem muitos porquês, muitas perguntas e nada de lágrimas. Uma
conversa civilizada para saber como você está. Como anda seu coração com um
novo amor – que aparentemente parece está muito bem. Quais são seus planos para o futuro, depois
da escola. E em meios á risos lhe perguntar o que você teria feito nesses últimos
quatros anos sem a nossa conversa.
Pra muitos isso seria uma coisa tão simples. Talvez pra você
também não. Já pra mim, isso seria um alívio. Um alívio de voltar ao passado
nem que fosse um pouco e te ver ali, na minha frente, como de muitos outros
momentos passados. Mais, por enquanto só me resta isso: ás lembranças de uns
anos que merecem virar histórias. Histórias que merecem nunca mais serem
esquecidas nas nossas mentes.
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