06 abril 2015

Seria tudo outra vez?


Você acha que está tudo bem. E aparentemente está. Você segue sua vida como se não existisse o amanhã e como se o amanhã não nos pertencesse pra nós. E pensando bem, não pertence mesmo não. Você acha que está conseguindo superar a dor de uma derrota amorosa e você estava certo. Você estava quase conseguindo, e então, do nada, ela aparece e se renova outra vez. Estou falando daquela dor no peito que você sente quando se decepciona outra vez com a mesma pessoa, só pelo simples fato de saber que ela está muito bem sem você, e que não está lhe dando a mínima pelo que você faz ou deixa de fazer por você mesmo ou por ela.

Eu queria entender os motivos na qual te leva a tomar atitudes tão espontâneas de uma forma que nem eu mesmo consigo decifrar um pensamento que antes era completamente parecido com o meu, e que hoje, ao observar de longe, percebe-se o quanto está maduro em relação á algumas atitudes. Eu queria entender o seu olhar discreto quando está me procurando para ver se estou sozinho ou acompanhado. Queria entender o seu sorriso meio apagado no canto da boca quando me ver passar do seu lado e meio desengonçado lhe cumprimentar. Eu só queria entender o porquê de muitas perguntas sem respostas, e respostas sem lógicas.

Eu só queria realizar alguns sonhos. Desejos que surgiram desde o nosso primeiro olhar, nos primeiros toques, nos primeiros envolvimentos mais profundos. Seria um pecado olhar pra você e dizer que não sinto mais nada, mesmo vendo que você já está se envolvendo com outra pessoa. Aliás, você nunca deixou de se envolver com ninguém por minha causa, ao contrário de mim, que nunca me envolvi com ninguém na esperança de você chegar e pedir um recomeço mesmo já prevendo o f.i.m de tudo.


Eu só queria deixar pra lá algumas atitudes suas algumas frases ditas mesmo sem querer, e lembranças que nunca me deixou, fazendo a saudade se aproximar cada vez mais dentro do peito. Ahhhh, que dor. Dor de te ver e não poder falar o que sinto. Dor de te ver nos braços de outro e não nos meus. Dor de saber que ele pode lhe dizer às frases que guardo dentro de mim á anos. Esse não é uma nova dor. Essa dor já era de casa. Estava meio apagado porque eu não estava me envolvendo mais. Agora? Agora a dor se renasceu. E nem avisou que tudo iria começar novamente. E que agora já se iniciou mais uma vez. Só que essa não será a dor de lágrimas, como das outras vezes. Essa agora será a dor de um inicio de uma batalha e da força de vontade de ser alguém em que você possa olhar pra mim e ver o quanto mudei. O quanto conseguir me desapegar do passado. Alguém com que você possa ao menos me olhar com outros olhos, ou simplesmente virar um “alguém” pra você. 

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