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08 janeiro 2016

Onde eu comecei...


Já estamos quase na metade do primeiro mês do ano, e ainda tem gente escrevendo e falando/fazendo promessas para o ano que, há oito dias, se iniciou. O ano de 2015, sinceramente, não me deixou nenhuma saudade. E fechei o ano e comecei o outro mal do mesmo jeito. Mas tudo bem faz parte da vida passar por esses momentos, mesmo que sejam pequenos e simples.

Na virada do ano eu não prometi nada, não fiz nenhuma superstição e muito menos me importei de dizer que se eu conseguisse algo neste ano, eu iria fazer isso ou aquilo. Simplesmente observei minha irmã mais velha – depois de mim – dançar alegremente no fundo do quintal da casa da cunhada da minha mãe. Ela teria um motivo especial de tanta alegria: sua primeira paixãozinha estava lá, com um copo na mão, observando-a á dançar enquanto um maluco do meu primo fazia a contagem regressiva para 2016.

Enquanto todos se abraçavam, eu estava sozinho, olhando atentamente a felicidade das pessoas, mesmo que, no dia anterior, um pequeno problema – que quase virou uma tragédia – quase acabava com aquela festa. Depois minha mãe veio e me abraçou muito forte e me pediu desculpas por esses tais problemas.

“Tudo bem mãe. Eu te entendo completamente”.

Depois o som rolou solto e as pessoas se soltaram ainda mais ao som das músicas aleatórias tocadas no som do carro.  E foi meio a esses momentos que eu coloquei os pensamentos em dias. Só pensei nas coisas que aconteceram no ano anterior e n0  que poderia melhorar, mas claro, sem nenhuma promessa.

Onde eu estava eu simplesmente não estava me sentindo muito bem. Não por causa da felicidade dos outros, mas por não está realmente no clima de final de ano. Tudo bem, que a maioria das pessoas aproveita essa época para se livrar de todas as coisas ruins que haviam acontecido. Mas eu não sou dessa forma, e acredite, eu descobri isso nesse dia.

Mas onde eu comecei o ano, eu simplesmente estava tranquilo. Tranquilo por está perto da minha mãe, das minhas irmãs, com saudades de pai, e cheio de positividade ao meu arredor. As pessoas que me abraçavam me desejavam um ano novo de muita paz e felicidade. Faltou a saúde, mas tudo bem. Isso sou eu mesmo que tenho que correr atrás, além das outras coisas também.

Aonde eu comecei mais uma história da minha vida, é o lugar onde as pessoas são felizes e por conta da maldita cachaça acaba se destruindo pouco a pouco. Esse lugar é maravilhoso, cheia de gente com a pele negra, e todos lindos, inteligentes, brincalhões e tudo mais. Sinceramente? O lugar é incrível e tem um pô do sol magnífico. Juro! Mas, se não fosse às doses de pingas diárias, o lugar seria perfeito. Assim como esse ano tende a ser.


Sem muitas promessas, eu comecei o ano querendo crescer. Financeiramente, claro. Mas além do dinheiro, a maturidade e responsabilidade pode lhe comprar muita coisa. Basta saber como e se vale a pena adquirir. Onde eu comecei eu quero continuar. Mesmo não me sentindo tão bem quanto apresentava está. 

10 dezembro 2015

Eu e quem mais topar.


Sem drama, sem chororô, sem discussão. Eu estou aqui à disposição e pronto para viver o que eu nunca vivi em toda minha vida. Já passei dos vinte anos – somente alguns meses – e me sinto na obrigação de começar a viver a minha vida da melhor forma possível. Como vai ser isso? Não sei. E nem preciso saber. O importante é viver, sem precisar fazer cálculos.

Sem drogas, com camisinha, sem camisinha, com uma gota de álcool na boca e uns quilos a menos. O propósito do amanhã é viver o que tiver para viver. Bate certo medo? Lógico que bate. Mas se não tivesse essa tensão na barriga, eu próprio não sentiria nenhum pingo de vontade de começar a viver. E o que o futuro tem a me oferecer, só deixando o tempo passar para ir descobrindo, aos poucos, a conquista que vou ter.

Sem drama, com sorriso no rosto, com um aberto de mão, sem ser santo, nem diabo demais. Focar no futuro seria uma boa. Mas quem me garante que eu vou chegar até lá? Estou escrevendo agora, bem verdade, mas será que vai dá tempo para postá-lo? – tomara que sim, e se você está lendo é porque “desse futuro” eu consegui passar.

Sem mais ou menos, sem correria, sem ter vergonha se broxar. Dia ou outro vai acontecer. Ninguém é ativo o tempo todo. Mas a solução será relaxar e viver o que as pernas abertas tende a me oferecer. Cabe a minha pessoa ser bom naquilo que fizer, e satisfazer quem estiver do meu lado.

Sem crê nem pra quê. Sem pausa nos obstáculos e lágrimas na linha de chegada. Com ou sem primeiro lugar, o que importará, sem dúvida alguma vai ser a chegada. Chegada com um gostinho de que você se esforçou, deu o seu melhor, jogou duro e se deixou levar no jogo. E você conseguiu chegar lá!


Sem crê nem pra quê eu decidir. Decidir tomar um rumo mesmo sabendo que ninguém possa ver a minha chegada. Decidir dá passos curtos e viver os olhares de cada um que me olharem. E quem quiser me acompanhar, se sinta á vontade. Eu quero sair da mesmice. Eu e quem mais topar. 

07 novembro 2015

Você pode lutar.



 
Chega! Pra mim já deu. Que mania é essa, menino, de ficar o dia inteiro, o tempo todo dentro de casa sabendo que uma vida está rolando lá fora? Deixe esse controle de lado, levanta do sofá, põe uma rouba que você mais se sente á vontade e vai à luta. Não precisa, necessariamente, de um soco na cara para você perceber o quanto você está dormindo nesse mundo que mais se necessita de olhos bem abertos. 

Chega de se lamentar. De falar que nada acontece na sua vida. Que ninguém se importa com você. Agora vem cá: só nesse mundo, somos mais de sete bilhões de pessoas. Será que uma delas não se importa com o que você tem a dizer? Ou á mostrar? Se estiver em dúvida, tente sair uma horinha sequer de casa. Tente ir num barzinho, numa sorveteria, nem que seja sozinho, e perceba o quanto você pode se aproximar de alguém e fazer novas amizades. Ou simplesmente esperar só mais alguns minutos para que as pessoas notem o quanto você necessitando de uma atenção. Seria pena essa aproximação? Pode ser. O importante é você demonstrar para que veio nesse mundo. 

Para de colocar as dificuldades a frente de tudo, sem ao menos tentar. Ergue sua cabeça, e com muita fé, vai ver o quanto você é capaz para vencer uma luta. Seja ela qual for. Persiste, e tenta fazer de tudo, dando o seu melhor, para conseguir aquilo que realmente lhe interessa. 

Você pode. Você é capaz. Você pode tentar deixar de lado à preguiça, o medo, as dificuldades que esse mundo nos oferece, e pode tentar ver até aonde seu limite é capaz de chegar. Falar em limites, você já parou pra pensar qual é o seu máximo? Bom, nessa vida tudo se é demais ou de menos. Se você não se conhecer direito, nunca vai saber até aonde a sua capacidade pode chegar. 

Você é capaz, rapaz. Deixa essa vergonha de lado. Pra quê se limitar daquilo que não tem limites? Pra que abusar das coisas que você pode usar á vontade? Chega! Pare de reclamar. Olhe a sua volta e veja onde você já está, comparado onde você já esteve. Seja forte. Seja guerreiro. 

Abre os olhos, fique bem alerto, pegue suas melhores armaduras e vai. Vai para aonde você achar conveniente ir. Chega aonde você achar que deve se estabelecer. Se precisar de ajuda, você vai ter sempre alguém por perto para lhe ajudar. Se não, seja você mesmo a sua autoajuda. Pegue sua faixa preta, vista-se o seu roupão brando e comece a lutar. Se perder, ok. Não se é necessário sempre ganhar. Mas se vencer, parabéns. Agora é só continuar. E boa luta pra você. Você é capaz. Você pode. Você vai vencer.

05 novembro 2015

Reviver o passado em uma fotografia.





Na foto ele estava com um sorriso aberto, rodeado de gente estranha, abraçado uma garota de sorriso forçado e cabelo completamente desarrumado. Parecia um final de festa onde todos mostravam, na fotografia, uma exaustão completa. Seria uma inveja da garota que olhava aquela foto no visor do seu celular? Acho que sim. Mas antes da inveja vêm os ciúmes, que antes era amor, que antes era uma simples paixão, que antes era somente um amigo, que era um desconhecido, e que se chamava passado. 

Foi um pouco difícil para ela porque a menina ainda não conseguiu esquecer aquele amor do passado. Coitada. Chorou tanto nas madrugadas, enquanto escrevia tudo que sentia em um caderno que nem diário era de verdade, mas que na sua mente seria um ponto de desabafo. Não que ela não estivesse ou não confiasse em nenhuma amiga. Mas tudo era questão de medo, angústia misturada com um pouco de ansiedade e amor. 

Ele estava bonito. Aquele novo corte de cabelo dele o deixou muito mais homem, do que ele se parecia na época em que eles estudavam. Com uma blusa de frio amarrada na cintura, deixou um ar de despojado, como se entendesse algo de moda. 

“Aposto que foi ideia dessa descabelada de dentes tortos que pediu para que ele amarasse essa blusa ridícula na cintura”, murmurou ela com os olhos lacrimejando enquanto se formava uma pontinha vermelha no seu nariz. 

Ela sempre o amou. E sempre ficou a mercês em acreditar que um dia ele iria ligar pra ela marcando um jantar, uma conversa enquanto tomava alguma coisa ou... Nossa! Ela sempre viveu com essa desilusão a ponto de ainda acreditar que ele ainda iria lhe dá ousadia.

O problema? Talvez o problema seja dele. Ela é tão linda, tem um sorriso tão gostoso, uma ingenuidade tão ampla, que se você analisar direito, ele não chega aos pés daquela garota, só por não possuir uma característica que aquela menina possuía. Além da fotografia, um pouco mais embaixo, havia uma frase que ele falava que a amava a tal garota que estava naquela foto, que te vez reviver um pouco do seu passado condenado, em que dizia: pra sempre te amarei... Será? Ele falava de amor como se soubesse amar alguém. Se soubesse não faria quem te ama, sofrer por amor.

16 outubro 2015

E te olhei.


De uns meses pra cá, eu estou conseguindo me superar cada vez mais, com relação ao passado. Estou conseguindo me concentrar mais no meu presente para que nada dê errado dali pra frente. São pequenas coisinhas aqui, outras ali, e opa! Missão cumprida! E foram a partir dessas pequenas coisas que eu descobrir o valor que elas possuem. Por isso o aprendizado está sendo maior.

Antes, isso há algum tempo atrás, eu não podia colocar o pé para fora de casa que as minhas antenas já se ativavam. E quando você passava á metros de distâncias, elas capitavam a sua presença por aquela região e me alertavam, fazendo que me virasse descompassadamente só para te olhar, assim, distante. E pra ser sincero, isso não me fazia nenhum bem: o meu dia acabava, eu não sentia fome, e de quebra virava a noite sem dormir. E que desperdícios de noites.

Foi então que eu resolvi de vez abaixar as antenas e guardá-las para uma outra ocasião - caso eu realmente á precisasse. Confesso que no início foi um pouco difícil, até mesmo porque passar um dia e não te ver seria a mesma coisa de passar um dia sem me alimentar, sem beber um gole de água e sem tomar banho. Desesperado, corria e escrevia por aqui tudo que estava sentindo e o quanto a falta de um olhar fazia diferença em um dia, quando você nota que o amor é real.

Hoje tenho que admitir que ainda continua doendo. Mas cá pra nós: estou conseguindo sim me recuperar aos poucos. Hoje mais cedo eu lhe reencontrei. Percebi que estava por ali - maldita antenas que vieram a funcionar novamente -, mas fiz questão de passar com o narizinho em pé e fui rumo ao salão, cortar o cabelo e aparar mais a barba. Na volta você estava no trabalho, virado as costas, de roxo, fazendo sabe-se lá  o quê. Continuei andando... Tentando não te olhar. E te olhei.
 

01 outubro 2015

Você precisar ser aquilo que os outros querem que você seja?




Outro dia – em Julho pra ser mais específico –, eu estava conversando com minha mãe e ela estava me contando um pouco mais da minha história. Quem me conhece, vai entender nesse trecho e vai fazer cara de que “ok, tudo bem. Eu sei da história dele”, e continuar lendo e entendendo melhor o que tenho para falar. Curioso, perguntei para minha mãe, detalhes que me levaram a chegar ao mundo. Ela olhou pra mim, se ajeitou no sofá, pôs o cotovelo esquerdo sobre o braço do sofá, e contou como tudo aconteceu naquele dia que eu entrei na barriga dela. Depois disso a minha cabeça ficou mais leve, porque eu ficava pensando um monte de baboseiras ao “nosso respeito” e até envergonhado – confesso – por algumas atitudes delas. Mas no final tudo se saiu quase bem e eu cheguei ao mundo. 

Depois dessa conversa, eu continuei querendo ser o melhor filho do mundo, o melhor neto, o melhor primo e sobrinho que a família do meu pai, e da minha mãe também, poderia ter. Tentei. Posso até ter conseguido em alguns momentos, mas a questão é que eu não sou perfeito, e ás vezes não consigo ser eu em alguns momentos. Foi então que eu decidir de vez jogar a toalha e ser quem realmente sou, e falar o que realmente quero para todos, sem ter medo do que eles vão pensar ao meu respeito. O problema é que sua família sonha isso pra você, e você acaba querendo aquilo, e você tem medo de arriscar para ver o que pode acontecer dali em diante. 

Mais eu não preciso ser e dizer tudo o que eles  querem. Eu posso ser eu, e eles podem nem notar que eu mudei. Até mesmo porque, quero começar a mudar dentro de mim. Depois, com o tempo, vou começando a mudar aqui, ali. Devagarinho, como quem não quer nada e... OPA! 

Mas a real, galera, é que você não precisar ser musculoso porque aquela menina que você está afim de pegar, gosta de caras fortes. Na verdade, ela gosta da mesma coisa sempre, porque nenhum outro garoto demonstrou nenhuma diferença na hora de ficar. Tente você mudar isso. E vai ser quem você é de verdade. O mesmo vale para as meninas. Não tente copiar as outras meninas que o carinha que você gosta, anda pegando direto. Tente mostrar para ele que você pode ser melhor, e que você não é de se jogar fora. Mais faça isso sendo você mesma, usando as suas roupas, suas próprias palavras e seu perfume favorito. Só cuidado com o excesso do perfume, porque isso se torna mais enjoativo, e... Enfim. 

E, enquanto muitos falam do meu jeito, eu vou tentando ignorar uns aqui, outros ali... Eu não vou em festas porque eu não gosto. Eu não pego tanta meninas assim, porque não quero. E outra. Cada um sabe cuidar-se de si sem precisar ouvir opiniões de todo mundo. Eu já estou nessa, de não querer ouvir ninguém. Quero criar as minhas próprias ideologias, e trilhar meu caminho sozinho, sem ter ninguém para me perturbar. Afinal, eu não preciso ser e nem fazer aquilo que as pessoas querem. Trilhe você mesmo o seu próprio caminho. E boa sorte.