( Esse sou eu na foto. )
Pra mim não foi uma surpresa lhe ver sair por aquela porta com as suas malas sem nem ao menos me dizer adeus.
Você conseguiu me tirar do sério. Brigamos feio e nos separamos. Passei dias em casa, só deitado no meu sofá assistindo besteiras na TV e comendo aquilo que encomendava. O que desse certo para comer. Não chorei. Dessa vez eu estava tranquilo. O que eu queria mesmo era sair, mais não conseguia comedo de me esbarrar com você na esquina e sofrer mais do que eu já estava.
Mais até que, pela primeira vez em duas semanas, o meu telefone toca. Era meu melhor amigo me chamando para sair um pouco, ver gente, ver a vida lá fora. Realmente, estava precisando. Era sábado a noite. Os carros de sons já se aglomeravam nas praças e os sons eram bastante animados. Precisava me animar. Acho que seria uma boa ideia.
Ao sair, tive uma sensação de que estava saindo de um presidiário. Ar livre, os vizinhos me cumprimentando perguntando aonde é que eu estava que mais nunca tinha me visto. Foi até bom, porque pelo menos isso tive certeza de que tem alguém que se interessa por mim.
Ao chegar no barzinho, eu via todos alegre, dançando com copos de bebidas na mão. Abro um sorriso.
Tudo tranquilo. Até que ela aparece. Estava linda com o vestido vermelho. Aquele vestido me recorda. Foi eu que comprei e lhe dei de presente no dia do seu aniversário. É o seu favorito.
Você ficou espantada ao me ver naquele barzinho, porque eu falei outro dia que não gostava dali. Mais como eu precisava me animar, eu fui ali mesmo com os amigos.
Você estava sozinha, pelo menos chegou sozinha. Eu penso em ir conversar com você. Me levanto e de repente, chega um homem. Ele era mais forte. Boa pinta. Fala algo no seu ouvido e lhe beija. Ainda em pé não sei o que fazer. Bom, acho que era melhor me disfarçar. Falo que vou ao banheiro, quando na verdade ali estava eu, fugindo de um lugar que naquele momento não me fazia bem.
A rua estava escura. Não sei, na verdade, para aonde eu estava indo. Só sei que caminhava. Eu não sei aonde isso vai acabar e nem sei se isso foi o nosso primeiro adeus, mais uma coisa é certa: Eu ainda te amo, e sem você a minha vida não é e nunca será a mesma .
Autor: Rafael Vianna.
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