Já faz tempo que você se foi e aqui em casa seu cheiro ainda
persiste em mim infernizar com lembranças de nós dois nos nossos momentos de
amor por toda a casa. Não sei se eu consigo ficar sem você. Eu não sei o que
está acontecendo comigo. Eu sempre fui de sair, farrear com meus amigos, uma
das nossas brigas foi isso, estava saindo com meus amigos e te deixando dentro
de casa. Hoje me arrependo. Acho que não adianta mais eu falar que eu mudei,
mesmo que eu esteja falando a verdade é sempre a frase que ouço: Será que você
mudou mesmo, ou só está fazendo isso pra eu voltar novamente pra você?
Não sei até quando isso vai durar. Só o tempo, um dia, é que
possa me dizer se acabou ou se ainda você continua dentro de mim.
No nosso quarto as lembranças. Na minha mente as saudades.
No meu coração a dor. A dor de um cara que sempre diz na roda dos amigos que
mulheres iam e voltava. Você me mostrou que uma mulher de verdade arranca o
sono de um pobre homem que hoje se arrepende de tudo o que vez.
Hoje, pra tentar lhe esquecer, pelo menos alguma hora abro a
janela. O vento batia suavemente no meu rosto, me dando uma sensação de
liberdade. Na TV um filme. Não era filme qualquer. Era aquele filme que você
sempre assistia e sempre chorava. Resolvo assistir pra ver qual era a minha
reação. Hoje eu sei o porquê que você sempre chorava. O filme conta exatamente
a nossa história. Parece que foi escrito por você. Só muda uma única coisa: O
final.
O final desse filme, como de costumes em milhares de outros
por ai, termina com um final feliz. O nosso não. O nosso terminou de uma forma
muito difícil. Acabou. Não posso dizer que é simples assim porque pra mim isso
está sendo a minha pior situação hoje. Confesso que estou sofrendo por você. A
meses que eu não ligo meu computador porque a foto que está na tela é aquela
foto que você pediu para um gringo tirar quando nós fomos pela primeira vez no
Rio de Janeiro. Era a sua foto favorita. Confesso que é a minha também, por
isso que eu prefiro não ligar o computador por medo de chorar, como nos últimos
dias. Então ele está lá. Quietinho, abandonado.
Não sei se vale apena correr atas de você, porque o que
vivemos juntos nenhum casal romântico, nenhuma novela, nenhum outro filme
daqueles que pela primeira vez me fez chorar, possa viver o que vivemos. Sei
que está sendo complicado viver sem você, mais com o tempo isso passa. Mesmo
que isso não possa passar, pelo menos ficou no passado.
Hoje aqui estou eu, sentado meio deitado na cadeira pensando
em tudo, e também chegando a conclusão de como vou conseguir viver sem você
aqui perto de mim. Sem sentir seu cheiro, aliais, o seu cheiro eu sempre sinto,
porque você saiu com muita raiva e esqueceu o seu perfume, que sempre quando
abro o meu armário eu sinto o cheirinho dele. Não aberto para não gastar.
Cheiro pela tampa mesmo, só isso me basta.
O único jeito que me resta agora é isso: Tentar
caminhar pra frente. Tentando sobreviver
sem você.
Autor: Rafael Vianna.
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