17 maio 2015

Saudades do seu cheiro...


Antigamente, quando eu iria me deitar, eu me jogava na cama e ia logo te abraçar. Não me importava se estava calor ou frio. Sentir o seu corpo pra mim era o que mais me importava naquelas noites. Você se virava a procura da minha boca e com um sorriso eu mordia a sua. Logo já podia sentir a sua mão passar suavemente sobre ás minhas costas, me arranhando suavemente com ás suas unhas. E o que mais me enlouquecia era o seu perfume.

Depois que as coisas se reverteram aqui em casa tudo parece está de luto. Os quadros da sala parecem sem cores. As cortinas parecem nunca se afastar da janela para dá o mínimo de espaço para o sol entrar, pra ver se ilumina algum canto da sala. E sem falar que nada foi tirado do lugar. Nem mesmo a poeira.

Cada canto que eu olho eu vejo você. Antes, quando eu chegava em casa eu sentia o cheirinho gostoso de cafezinho fresco, e, da sala mesmo já podia avistar o bolo em cima da mesa. Só que nada disso matava a minha fome. Ás coisas parecia não mais pertencer aquele ambiente, toda vez que eu te abraçava. O seu cheiro entrava na minha mente e me deixava louco. Talvez eu ficasse um pouco louco mesmo por passar o dia inteiro longe de você. O seu sorriso amenizava todo o meu estresse. E o brilho dos seus olhos iluminava toda minha alma.

É, realmente eu sinto saudades de tudo hoje. Se eu tivesse valorizado um pouco mais do que eu tinha, hoje eu não morreria de culpa desse jeito. De certa forma eu tive culpa de tudo. Se fosse pra voltar atrás eu faria tudo diferente, e faria também toda aquela coisa que um homem sempre faz – ou pelo menos tenta “fazer” – quando se arrepende do que fez e quer se reconciliar de qualquer forma com a mulher. Só que hoje eu percebo que já é um pouco tarde demais. E falar em tarde eu vou dormir... e abraçar o seu travesseiro jogado na cama... e... morrer de saudades do seu cheiro que ainda está grudado nele.




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