Ela não queria
ir embora. Pelo menos não tão rápido assim. Ela queria o seu colo, a sua paz, o
seu carinho. Ela sempre foi inteligente e estudava bastante para tentar ajuda-lo
nas pescas das provas em que ele mais sentia dificuldade. Ela era uma menina
boa. E ainda continua sendo. Assim como a história que ela mesma fez questão de
criar.
Ela sempre
passou boa parte do seu tempo dentro de casa, lendo livros de romances, e
escrevendo o seu romance que, até então, nunca se saiu da sua própria
imaginação. E nem das folhas do seu caderno. Era uma história linda, como se
fosse um conto de fadas. Meninas sempre têm essas coisas de sempre pensar o
lado romântico para as coisas. Ele? Ele sempre, como sempre, curtindo sempre,
com os seus amigos de sempre.
O tempo passou, e
a menina virou uma mulher. Amadureceu. Formou-se no colegial. Deu entrada para
um ou dois relacionamentos nada sério – o que para ela foi um grande avanço – e
de quebra brilhou em algumas festas em que ele se encontrava por perto. Ele?
Ele como sempre, sempre fingindo não vê-la, e sempre desejando está com ela,
beijando naquela boca carnuda, arrancando todo aquele batom vermelho intenso,
enquanto a música de sempre se tocava naquele momento.
Hoje a mocinha
ainda sente algo por ele. Mais tenta disfarçar. Tenta não olhar pra ele quando
os dois estão nos mesmos lugares, tenta não soltar aquele sorriso bobo toda vez
que ele diz algo e tanta ainda não escrever mais no caderno, a história que ela
ainda cria na sua imaginação. Ele? Ele como sempre não está nem aí pra ela,
muito menos para as histórias que ela imagina.
Belo texto!
ResponderExcluirBom final de semana.
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